FCM: “Brainn celebra 10 anos em congresso internacional sobre neurociência e neurotecnologia”


CEPID BRAINN - Materia 10 anos do BRAINN na FCM Unicamp
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Reportagem da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP  celebra os 10 anos do Congresso do CEPID BRAINN.

 

Texto por: Camila Delmondes | 24 de abril de 2024

Aconteceu na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, no início de abril, a 10ª edição do Congresso Brainn, evento organizado pelo Brazilian Research Institute for Neuroscience and Neurotechnology (Brainn) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O evento reuniu pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação, do Brasil e do exterior, com o objetivo de promover a comunicação e a colaboração científica no desenvolvimento de pesquisas de alta qualidade.

Os 10 anos de atividades do Brainn foram o tema central da mesa de abertura do evento, ocasião em que o médico neurologista, Fernando Cendes, explicou o foco do projeto, de desenvolvimento de pesquisas básicas sobre neurociência e tecnologias auxiliares no diagnóstico, prognóstico e tratamento de doenças neurológicas, incluindo a epilepsia e o acidente vascular cerebral. Em sua fala de boas-vindas e comemoração ao aniversário de 10 anos de atividade, o pesquisador principal do Brainn enalteceu o trabalho de colaboração em pesquisa.

CEPID BRAINN - Materia 10 anos do BRAINN na FCM Unicamp - internas

Mesa da abertura do 10º Congresso Brainn/Fotos: Mario Moreira – CAAC

 

“Em ciência nada começa do zero. Não existe geração espontânea. O que propiciou a existência do Brainn foi a realização [há 10 anos] de um projeto colaborativo entre instituições do estado de São Paulo, também financiado pela Fapesp, chamado Cinapce. Foi a partir desse projeto que o espírito de colaboração em pesquisa foi fortalecido no Brainn, já no seu início. Essa característica permitiu maior abrangência em termos de métodos, permutas e resultados. Hoje, esse é o modus operandi. É impossível fazer ciência de ponta isoladamente. A neurociência tornou-se um ramo da pesquisa multidisciplinar”, disse Cendes.

“Em ciência nada começa do zero. Não existe geração espontânea. O que propiciou a existência do Brainn foi a realização [há 10 anos] de um projeto colaborativo entre instituições do estado de São Paulo (…) É impossível fazer ciência de ponta isoladamente. A neurociência tornou-se um ramo da pesquisa multidisciplinar” – Fernando Cendes

O pesquisador destacou, desde o início do Brainn, a atuação de 24 pesquisadores principais, e 82 pesquisadores associados, juntamente a 95 alunos de mestrado, 150 alunos de doutorado, 102 pós-doutorandos e 200 alunos de graduação. “Temos mais de 900 artigos publicados, além de diversas patentes, softwares, livros e capítulos de livros. Tendo desenvolvido, também, fortes e frutíferas colaborações internacionais”, afirmou.

Ambas as pesquisadoras do Brainn, Gabriela Castellano (IFGW) e Clarissa Lin Yasuda (FCM), corroboraram a fala de Fernando Cendes sobre colaboração científica. “Tem sido um projeto extraordinário, que permitiu colaborações com muitas pessoas dentro e fora da universidade. Espero que, de alguma forma, seja dada continuidade ao Brainn porque hoje somos uma referência no estado de SP em neurociência e neurotecnologia”, disse Gabriela. “Que toda essa integração e multidisciplinaridade seja um grande incentivo aos nossos alunos de graduação e pós-graduação. Que possamos aumentar nosso networking e assim continuar a desenvolver a neurociência no estado de SP e no restante do País”, disse Clarissa.

O diretor da FCM, Claudio Saddy Rodrigues Coy, disse que o Brainn é um caso de sucesso. Na ocasião da sua fala, ele destacou a produtividade acadêmica do projeto e a sua capacidade de congregar diversas outras áreas da Unicamp e de outras instituições. “É uma honra fazer parte de um projeto tão exitoso. O Congresso Brainn é um reflexo desse trabalho”, disse.

Em sua fala o pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, João Marcos Travassos Romano, disse que, ao completar 10 anos, o Brainn atingiu o seu grau de maturidade e que agora está pronto para prosseguir. “Essa é a ideia da Fapesp para os seus centros de Pesquisa, Inovação e Difusão. Precisamos, agora, [enquanto instituição] encontrar a melhor solução e fazer todo esforço para que a institucionalização do Brainn seja a mais adequada e eficiente”, comentou.

Durante os três dias de evento, o Congresso contou com diversas palestras nas áreas de Neurologia, Física, Biologia Engenharia Elétrica, Psicologia, Informática e Educação Física, e palestrantes convidados oriundos de instituições como o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, a Universidade Federal do ABC, a Universidade Federal de São Paulo, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, o University of Erlanger (Alemanha) e o University College (Reino Unido). O evento também contou com sessões orais e apresentação de pôsteres. Ao todo, cerca de 200 pessoas participaram do evento na Unicamp.

Veja a matéria no site da FCM UNICAMP

 


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